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Endometriose: diagnóstico e tratamento
A 59ª edição do Projeto Pauta Feminina reuniu especialistas nesta quinta-feira (27) para discutir diagnóstico, tratamento e intervenções que impactam a vida das portadoras de Endometriose.
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Analise de resultados da videolaparoscopia & Histologia
Dr. Paulo Guimarães
Goiânia - Teresina- Brazil
A endometriose atinge uma mulher em cada nove na população mundial. .Perto de 50% destas mulheres padecem de infertilidade e dor pélvica crônica com perda da qualidade de vida.
Aproximadamente entre 9% a 15% das mulheres com endometriose desconhecem que possuem a doença, pois formam um grupo de portadoras assintomáticas .A maioria das mulheres tem o diagnóstico de endometriose diagnosticada durante as investigações de fertilidade ou dor na vigência de relações sexuais associadas a dismenórreias (cólicas menstruais) progressivas, resistente a tratamento clinico. Não é incomum encontrarmos neste grupo etário de mulheres com menos de 30 anos estágios avançados da endometriose comprometendo definitivamente a fertilidade, sendo estas candidatas a fertilização In Vitro ou reprodução assistida. Fica sempre uma pergunta quando nos deparamos com mulheres jovens com quadros severos da doença. Quando iniciou ? Poderíamos evitar sua progressão e preservar a anatomia e a fertilidade ? Assim as pesquisas se voltaram para grupos de adolescentes com quadros sugestivos de endometriose e não foi surpresa encontrar em diversos trabalhos internacionais, que este grupo etário também estava exposto aos riscos da endometriose. Outra pergunta fazemos. Por que existe dificuldade de diagnósticos da endometriose na adolescente? Primeiro pelo desconhecimento por parte de profissionais, educadores que convivem com este grupo.Segundo porque existe preconceito ainda em nosso meio de visitar o Ginecologista na adolescência. Como nas duas ultimas décadas houve mudança de comportamento da adolescente com Inicio precoce das relações sexuais, Utilização de métodos anticoncepcionais, gravidez na adolescência e informações mais acessíveis, permitiu se verificar neste grupo de meninas, os sinais que poderiam predizer a existência de uma endometriose mínima, como a Temperatura Corporal Basal no inicio do fluxo menstrual com retorno a normalidade ao final da menstruação. Em trabalho do prof Enrique Onetto de Santiago do Chile, encontrou perto de 84% de positividade com achados de endometriose, 5% sinais duvidosos e 11% de outros achados de outras patologias ginecológicas .
Proposta atual de gerenciamento de endometriose na adolescente, Sinal de Benjamin positivo,Síndrome Pré-menstrual,Dismenórreia,Dispaurenia, devem ser realizada a videolaparoscopia ou minilaparoscopia. O tratamento recomendado, os análogos GnRh e anticoncepcionais orais a base de gestrinona/GESTODENO. Devem ser investigadas meninas com antecedentes familiares, mãe, irmãs, ou gêmeas univitelinas.
Paulo Guimarães
ANALISE COMPARATIVA DE GRUPOS DE ADOLESCENTES PORTADORAS DE ENDOMETRIOSE
Dr. Paulo Guimarães Goiânia GO
Dr. João Dias Junior São Paulo- SP
Dr. Silvio Gomes Monteiro -São Luis MA
Dr. Gilson Barros da Cunha - Goiânia GO
Objetivo
Investigar um grupo de adolescentes supostamente portadora de endometriose através de estudo prospectivo, submetidas a videolaparoscopia com biopsias, avaliadas previamente com exames ginecológicos, Ultrassom e pesquisa de Temperatura Corporal Basal (TCB) . Deste modo ampliar a prevenção da endometriose avançada nas pesquisas para diagnósticos precoce da doença . Orientar a seleção de adolescentes para indicação da videolaparoscopia diagnóstica com propostas de tratamentos com melhores resultados e preservação da anatomia pélvica e da fertilidade .
MATERIAIS E METODOS
No período de janeiro de 1998 a janeiro de 2002 foram analisadas 35 adolescentes individualizada em três grupos etários, investigada clinicamente com exames complementares de ultrassom pélvico nas inativas sexuais e endovaginal nas ativas sexuais .Apresentavam queixas clinicas de dismenorreias, alterações menstruais, hipermenorragias e nas ativas sexuais, dispaurenias de profundidade. Todas as pacientes não pertenciam a grupos de tabagistas e nem usuárias de Anticoncepção oral. Todas foram submetidas a videolaparoscopia Diagnósticas entre 18 e 26 dia do ciclo menstrual na Fêmina Maternidade – Goiânia- GO e realizadas pela GPR Endovideo Femina ..A técnica adotada, sob anestesia geral intubada , incisão umbilical longitudinal , Trocarte de 10,5mm, ótica de 10mm e dois portais de acesso de 5mm a pelve. Pneumoperitôneo instalado com pressão abdominal de 12mmHg. Todos os equipamentos e instrumentais de marca Storz e Endoview. Nas pacientes inativas sexuais, não foi utilizado o manipulador uterino. O inquérito da cavidade se iniciava pela pelve macro visão e avaliação do abdome superior, observando apêndice cecal. Em seguida avaliação objetiva da pelve, com avaliação do tamanho do útero, ovários, ligamentos e trompas. Observou se a presença de liquido em fundo de saco de Douglas (FSD ) para relacionar com períodos pos ovulatórios , DIP, Pré menstrual. Em seguida avaliada com visão mais detalhada, os ligamentos útero sacro, fossa retro ovariana, prega vésico uterina, reto-sigmóide e espaço retro uterino. Foi realizada sistematicamente biopsias de lesões típicas , atípicas e punção ovariana bilateral. As lesões identificadas com menos de 5mm de extensão foram coaguladas com pinças bipolares e as lesões maiores que 5mm de extensão foram incisadas e coaguladas a seguir. Os procedimentos transcorreram sem intercorrências anestésicas ou cirúrgicas. A alta hospitalar ocorreu dentro das 24 horas do procedimento realizado.
CONCLUSÃO
A triagem de adolescentes para investigação precoce da Endometriose, teria o objetivo de evitar progressão da doença para estágios avançados com comprometimento da fertilidade e da qualidade de vida através de método simples , podendo ser aplicado em escolas, serviços de pediatria , medicina de Adolescentes e Infanto-Puberal . Adotando se, tanto nos grupos de ativos sexuais ,com queixas de dispaurenias e infertilidade, como nos grupos inativos sexuais. Com a precocidade da sexarca neste grupo etário é justificável com associação da dispaurenia posicional, a utilização de anticoncepcionais orais a base de gestodeno em formulação contínua, após utilização da terapêutica associada Videolaparoscopia/análogo .
Resultados- Os resultados demonstram que os estágios I e II predominam no GI e GII os estágios III e IV predominaram no grupo GIII. O Sinal de Benjamin foi preditivo positivo em 71% no grupo total . A dor pélvica crônica se relacionou com estágios mais avançados. A endometriose sendo diagnosticada precocemente é detectada em estágios iniciais com melhores resultados anatômicos e resguardando a fertilidade.
CONCLUSÃO
A triagem de adolescentes para investigação precoce da Endometriose, teria o objetivo de evitar progressão da doença para estágios avançados com comprometimento da fertilidade e da qualidade de vida através de método simples , podendo ser aplicado em escolas, serviços de pediatria , medicina de Adolescentes e Infanto-Puberal . Adotando se, tanto nos grupos de ativos sexuais ,com queixas de dispaurenias e infertilidade, como nos grupos inativos sexuais. Com a precocidade da sexarca neste grupo etário é justificável com associação da dispaurenia posicional, a utilização de anticoncepcionais orais a base de gestodeno em formulação contínua, após utilização da terapêutica associada Videolaparoscopia/análogo .
RESUMO
OBJETIVO- Analisar prospectivamente um grupo de 35 mulheres jovens e adolescente submetidas a videolaparoscopia seguida de biopsia das lesões encontradas submetidas a Classificação por score proposta American Fertility sterility- Revisada,( AFS-r) , e relacionar com o Sinal de Benjamin. Buscar valorização de dados que possam auxiliar a detecção precoce da endometriose e selecionar grupos de adolescentes para exames de videolaparoscopia
MATERIAIS E METODOS – No período de janeiro de 1998 a janeiro de 2002 na GPR Endovideo Fêmina- Goiânia- GO, foram analisadas 35 mulheres adolescentes submetidas a videolaparoscopia em grupos individualizados GI- 14-19 anos GII- 20-22anos GIII-22-24 anos.No teste de Sinal de Benjamin , Temperatura Corporal Basal, com aumento iniciando no principio do fluxo menstrual persistindo até o final, foi positivo em todas as pacientes, relacionando com a presença de endometriose em 83% no grupo GI, 75% no grupo GII e 62,5% no grupo GIII . Foram realizadas biopsias em todas as lesões sugeridas de endometriose. Em 3 pacientes não houve biopsias por se tratar de outras patologias, útero unicórnio, DIP, Folículo roto. Foi analisada o Sinal de Benjamin com a verificação do aumento da Temperatura Corporal Basal no período do fluxo menstrual, relacionando em 71% no grupo total com a endometriose sem relação com os estágios da classificação AFS-r. As queixas predominantes foram analisadas por grupo como a Oligomenorreia, dismenorreia severa, dispaurenias nos grupos das ativas sexuais, dor pélvica crônica e hipermenorragia. Não sendo verificado relação das queixas com localização.
Fonte: www.cursosmedicos.com.br